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Aposta de Trump para roubar a Geórgia expõe tática do Partido Republicano

04/01/2021
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As novas e surpreendente provas de um presidente Donald Trump desesperado, gravado em uma tentativa de roubar a eleição, expõem a profundidade de sua corrupção e tornam seus aliados republicanos do poder legislativo cúmplices em sua tentativa de contrariar a vontade dos eleitores. Em um novo abuso de poder, Trump tentou intimidar um alta autoridade do Partido Republicano da Geórgia para que ele encontrasse votos para reverter a vitória do presidente-eleito Joe Biden no estado. A surpreendente chamada telefônica, cujo áudio foi obtido pela CNN e relatado em primeira mão pelo jornal “The Washington Post”, foi a ameaça mais séria já feita por seus instintos autoritários para a democracia norte-americana. Mesmo antes desse último ultraje, esta semana já entrara para a história da próxima presidência de Biden, de um Partido Republicano rompido e da integridade do sistema político dos EUA. Uma tentativa do Partido Republicano, por exemplo, para bloquear a certificação no Congresso da vitória de Biden, baseada em mentiras e falsas teorias de conspiração sobre fraude, não tem chance de sucesso na quarta-feira (6). Mesmo assim, a ação convencerá ainda mais milhões de eleitores de Trump de que a eleição foi fraudada. Muitos legisladores republicanos planejam ficar ao lado do presidente derrotado e seus eleitores do que dos princípios de eleições livres, causando uma fratura que terá consequências duradouras para o Partido Republicano e a nação. Na terça-feira (5), duas eleições de segundo turno na Geórgia decidirão se os republicanos manterão a maioria no Senado e o poder de bloquear a agenda abrangente de Biden e as esperanças de confirmar rapidamente um Gabinete em um momento de crise nacional. Tudo isso está chegando ao ápice enquanto Trump incita protestos em Washington em uma tentativa de interromper o esforço de certificação eleitoral, com temores de violência, ao mesmo tempo em ignora uma pandemia em seu pior momento, com as mortes de 350 mil norte-americanos. Na verdade, o presidente classificou o número de mortos nos EUA como “fake news” (notícia falsa) no domingo (3), enquanto desconsiderava as evidências crescentes de que sua Casa Branca estragou o lançamento de novas vacinas fundamentais, assim como fez nos estágios iniciais da pandemia. Entretanto, Jerome Adams, cujo cargo equivale ao de ministro de saúde, contradisse a falsa alegação de Trump no programa “State of the Union”, da CNN norte-americana, dizendo a Jake Tapper: “Do ponto de vista da saúde pública, não tenho motivos para duvidar desses números”. A divulgação da impressionante conversa telefônica entre Trump e o Secretário de Estado do Partido Republicano da Geórgia, Brad Raffensperger, intensificou a crise constitucional que Trump começou a alimentar antes mesmo de sua derrota eleitoral. “Então, olhe, tudo que eu quero fazer é isso: Só quero encontrar 11.780 votos, que é um voto a mais do que nós temos. Porque ganhamos o estado”, disse Trump em um comentário que, na melhor das hipóteses, foi um abuso de poder e pode suscitar questões legais. Ao longo da ligação de uma hora, o presidente repetidamente incita Raffensperger a concordar com suas falsas alegações de que milhares de votos foram dados ilegalmente e de que algumas cédulas foram destruídas ou vieram de pessoas mortas ou eleitores de fora do estado. O secretário de Estado da Geórgia diz ao presidente que ele possui informações falsas. A CNN obteve o áudio completo do telefonema de 2 de janeiro entre o presidente Donald Trump e o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger. Trump é acompanhado na ligação pelo chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, e vários advogados. A CNN conseguiu o áudio com uma fonte que estava na ligação. A CNN omitiu o nome de uma pessoa sobre a qual Trump fez afirmações infundadas. Uma série de recontagens, auditorias e processos legais confirmaram a vitória estreita de Biden na Geórgia em novembro. A Geórgia é um dos estados indecisos que ele venceu no caminho para conseguir os 306 votos eleitorais e uma vitória clara sobre o presidente. A gravação lembra o tipo de comportamento coercitivo e corrupto que levou Trump ao processo de impeachment, causado por um telefonema com o presidente da Ucrânia, mas que todos os senadores republicanos, com exceção de Mitt Romney, decidiram que não era suficiente para destituir o presidente do cargo. No telefonema incriminatório de sábado, Trump é ouvido tentando convencer Raffensperger a anunciar que ele havia recalculado os totais de votos e que o presidente havia ganhado. Ele ameaça com represálias criminais se seu colega republicano deixar de agir. “No mínimo, é um abuso do poder presidencial, que em um tempo normal seria motivo de impeachment”, disse Timothy Naftali, historiador presidencial da CNN. John Dean, ex-consultor jurídico da Casa Branca no escândalo de Watergate, disse a Fredricka Whitfield da CNN que Trump estava “à beira da extorsão”. O consultor jurídico sênior de Biden, Bob Bauer, disse em um comunicado que a gravação oferecia “prova irrefutável de um presidente pressionando e ameaçando uma autoridade de seu próprio partido para fazê-lo rescindir a contagem de votos certificada e legal de um estado e fabricar outra em seu lugar”. “A gravação captura a história vergonhosa e completa do ataque de Donald Trump à democracia norte-americana”. De uma hora para outra, a conversa entre Trump e Raffensperger amontoou mais razões para examinar a fundo os membros republicanos da Câmara e do Senado que se comprometeram a questionar a certificação, uma cerimônia normalmente simbólica que confirma do resultado da eleição no Congresso. Depois de criticar os resultados já ratificados por juízes nomeados pelos republicanos e pela maioria conservadora da Suprema Corte, bem como por autoridades estaduais, muitas delas também republicanas, eles agora devem decidir se aceitam a tentativa flagrante de Trump de derrubar o estado de direito na Geórgia. Um total de 12 republicanos, incluindo Josh Hawley do Missouri e Ted Cruz do Texas, disse que tentará interromper o processo de certificação na quarta-feira (6). O líder da minoria na Câmara, Kevin McCarthy, um republicano da Califórnia, demonstrou apoio por uma objeção que pode ser apoiada pela maioria de seus membros na Câmara, informou a CNN. “Será que os republicanos querem estar do lado de um abuso de poder ou de uma conspiração criminosa?”, Naftali perguntou. Fonte: CNN

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