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Cuba vive maiores protestos contra o Governo desde os anos noventa

12/07/2021
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Milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o Governo cubano, impulsionadas pela grave crise sanitária, econômica e de abastecimento que a ilha, agravada pela pandemia de covid-19. As ruas de Havana e várias cidades de Cuba enfrentaram as maiores manifestações contra o Governo desde o maleconazo de 1994, os protestos massivos na capital cubana que marcaram a década de noventa. Mais uma vez, o estopim para a manifestação deste domingo ―em que participaram milhares de pessoas em todo o país e que resultou em centenas de detidos―, foi a grave escassez e miséria sofrida pelos habitantes da ilha, agravadas pelos efeitos da pandemia de covid-19. Gritos de “liberdade” e “abaixo a ditadura” puderam ser ouvidos na Havana Velha, coração da capital do país, e em outras partes de Cuba, amplificados pelas redes sociais, que nos últimos meses têm abalado o cenário político cubano. Segundo depoimentos de jornalistas locais, vídeos e imagens difundidas nas redes sociais, centenas de cubanos saíram às ruas neste domingo por volta do meio-dia gritando “Liberdade, liberdade” e “Abaixo a ditadura” nos dois municípios, e rapidamente circulou o rumor de que outras cidades do interior do país começavam a aderir ao protesto. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel fez um pronunciamento imediato na televisão, culpando os Estados Unidos e sua política de sanções pela piora da situação econômica e por incentivar os protestos. “Convocamos todos os revolucionários, todos os comunistas para que saiam às ruas e vão aos lugares onde acontecerão essas provocações”, disse. A faísca dos protestos começou no domingo na pequena cidade de San Antonio de los Baños, em Havana, onde centenas de pessoas saíram às ruas para protestar contra os longos apagões de eletricidade e exigir que as autoridades as vacinassem contra a covid-19. Logo depois, no entanto, suas demandas se transformaram em gritos por “liberdade” e demandas por mudanças políticas. O protesto chegou ao Facebook em poucos minutos e foi transmitido ao vivo, gerando convocatórias para mais manifestações nas redes. Díaz-Canel foi a San Antonio de los Baños ao meio-dia e percorreu a cidade, falou sobre a difícil situação epidemiológica no país e os esforços do Governo para resolvê-la. Nos últimos dias, os casos positivos de covid-19 e os mortos pela pandemia se multiplicaram exponencialmente, colocando províncias como Matanzas à beira do colapso da saúde. Neste sábado a ilha registrou pelo terceiro dia consecutivo o maior número de novos casos e de mortos por covid-19: 6.923 infecções e 47 óbitos. O presidente cubano advertiu que se “há pessoas com legítima insatisfação com a situação em que vivem e também revolucionários confusos”, ao mesmo tempo “há oportunistas, contra-revolucionários e mercenários pagos pelo governo dos Estados Unidos para organizar este tipo de manifestações”. Foi então que afirmou que “não serão permitidas provocações” e pronunciou a famosa frase que era um mantra de Fidel Castro: “A rua é dos revolucionários”. “Aqui nenhum verme ou contra-revolucionário tomará ruas”, disse ele, e instou a parar “as campanhas da mídia” e que “o povo não se permita ser provocado”. Em outras palavras, os fiéis vão às ruas para lutar contra os protestos. Logo surgiram na Internet notícias de manifestações simultâneas na cidade de Palma Soriano, em Santiago de Cuba, em Alquízar e em outros lugares, algo absolutamente inédito no país, e também houve uma chamada em frente ao Instituto Cubano de Rádio e Televisão (ICRT), no bairro do Vedado da capital, por alguns integrantes do 27-N, grupo de artistas que no final do ano passado se manifestou em frente ao Ministério da Cultura pedindo liberdade de expressão e o fim do assédio à oposição e criadores dissidentes. A manifestação do ICRT, da qual participaram dezenas de pessoas, produziu uma contramanifestação que culminou num ato de repúdio e detenção de todos os protestantes. Fonte: El País

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