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EUA e Talibã se reúnem em Doha pela primeira vez após retirada de tropas do Afeganistão

11/10/2021
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Novos líderes afegãos querem que Washington desbloqueie as reservas do Banco Central. Uma delegação dos Estados Unidos se reuniu neste sábado com representantes do regime talibã em Doha, no primeiro encontro frente a frente desde que a guerrilha tomou o poder em Cabul em agosto, após a retirada dos soldados americanos. Os talibãs pediram que Washington levante o bloqueio às reservas do Banco Central do Afeganistão depositadas no Federal Reserve (banco central americano), segundo o chanceler em exercício do Talibã, Amir Khan Muttaqi, citado pela rede TV do Catar Al Jazeera. No entanto, eles não parecem dispostos a colaborar na luta contra o Estado Islâmico. Em busca de legitimação internacional, o Talibã está aproveitando a projeção oferecida pelo encontro. A ToloTV divulgou inclusive uma imagem da delegação liderada por Muttaqi no avião em que viajou para a capital do Catar. Do lado americano, porém, não foram divulgados os participantes das conversações, embora tudo indique que entre eles não está Zalmay Khalilzad, o diplomata encarregado anteriormente das negociações com os talibãs. Um porta-voz do Departamento de Estado deixou claro na noite de sexta-feira que não se trata de reconhecer ou legitimar os talibãs como dirigentes do Afeganistão, mas sim de discutir questões de interesse nacional para os EUA. A mesma fonte disse que a prioridade, além da saída de quem quiser abandonar o Afeganistão, é insistir para que os talibãs respeitem os direitos de todos os afegãos, incluindo as mulheres e as meninas, e formem um Governo inclusivo. A Administração de Joe Biden se queixou da lentidão do processo de evacuação de cidadãos americanos ou afegãos com residência nos EUA, que Washington está tentando facilitar. O Catar está ajudando nesse processo. Desde a partida do último voo militar americano, em 30 de agosto, a companhia aérea catari retirou 1.300 pessoas de Cabul em seis voos humanitários, o mais recente na quarta-feira. Entre os evacuados, há muitos afegãos com dupla nacionalidade, mas também cidadãos de outros países e alguns afegãos que poderiam correr perigo sob o regime talibã. As conversações dos EUA com os talibãs vão prosseguir neste domingo e também está previsto um encontro com representantes europeus. Para os países ocidentais, a relação com o novo poder em Cabul, o autodenominado Emirado Islâmico, representa um difícil dilema. Por um lado, eles não podem legitimar um grupo radical que tomou o poder à força e tem um longo histórico de violações de direitos humanos. Por outro, depois de sua saída do Afeganistão, o país enfrenta uma grave crise humanitária, já que a ajuda que o Ocidente fornecia cobria 75% dos gastos públicos, segundo o Banco Mundial. Agora, eles buscam fórmulas para canalizar essa assistência mantendo certa distância dos governantes de fato. Muttaqi disse que os Estados Unidos oferecerão vacinas contra a covid-19 aos afegãos. Segundo seu relato sobre a reunião, as duas partes, em conflito durante as duas décadas de ocupação americana do Afeganistão, discutiram a “abertura de uma nova página” nas relações entre os dois países. O ministro enfatizou que o objetivo da reunião é a ajuda humanitária e o cumprimento do acordo de Doha, que os talibãs assinaram com Washington no ano passado e que abriu caminho para a retirada das tropas americanas. Naquela ocasião, a guerrilha se comprometeu a cortar seus laços com grupos terroristas e a não permitir que o território afegão servisse de base para ataques contra as forças dos EUA ou seus aliados. Os analistas esperavam que fosse estabelecido algum tipo de cooperação na luta contra o braço do Estado Islâmico que atua na região, o EI-K, contra o qual ambos se opõem. No entanto, os talibãs afirmaram que não querem assistência antiterrorista e advertido Washington contra seu projeto de operações lançadas de fora do Afeganistão (“além do horizonte”, na terminologia militar americana). Desde que o Talibã controla Cabul, o EI-K retomou seus ataques tanto contra seu rival como contra os xiitas, minoria religiosa com a qual tem uma fixação especial. Na sexta-feira, um terrorista suicida matou cerca de 50 xiitas em uma mesquita da cidade de Kunduz, no norte do país. Foi o pior atentado desde a retirada dos Estados Unidos. Fonte: El País

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