Os eleitores chilenos estão esfriando em relação a uma nova Constituição planejada para substituir o atual texto da era Augusto Pinochet, mostraram pesquisas de opinião nesta segunda-feira, com aqueles que se opõem à reformulação superando aqueles que planejam aprová-la pela primeira vez. Uma pesquisa do Cadem mostra que 46% dos entrevistados votariam contra o novo texto, que ainda está sendo elaborado por uma assembleia eleita e enfrentará um referendo nacional este ano. Isso foi 13 pontos percentuais maior do que no final de janeiro. Enquanto isso, o apoio caiu de 56% para apenas 40% agora, com um declínio acentuado recente devido à perda de confiança dos eleitores no processo e às controversas mudanças planejadas nos direitos de propriedade, na estrutura do Congresso e nos fundos de pensão. Os chilenos votaram em 2020 para substituir a constituição do país andino que remonta à ditadura militar de Pinochet. O texto orientado para o mercado é visto como tendo sustentado décadas de crescimento, mas alimentando uma enorme desigualdade. Uma segunda pesquisa da Activa mostrou uma tendência semelhante com 35,8% dos entrevistados planejando rejeitar a nova constituição, 32% apoiando e 32,2% inseguros. Isso foi um reverso de 37,7% no suporte e 31,2% em relação a ele no início de março. A raiva pela desigualdade levou a protestos violentos que duraram meses em 2019, um ponto de virada para o país latino-americano que há muito é anunciado como um bastião do conservadorismo e da economia de livre mercado na região. A Assembleia Constituinte eleita tem até julho para apresentar a nova Constituição, que enfrentará um plebiscito obrigatório no final do ano, com opção de sim ou não de aceitá-la ou manter o texto existente. O referendo representa um desafio para o novo presidente progressista Gabriel Boric, 36, que assumiu o cargo em março prometendo amplas reformas sociais e econômicas. Fonte: Reuters