Estados Unidos, países europeus e latino-americanos repudiam a invasão bolsonarista do Congresso, da Presidência e do STF e mostram firme apoio a Lula. Um ataque que, se imitado, colocaria em risco a democracia em toda a América Latina. É assim que vários presidentes condenaram o ataque de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Congresso brasileiro. Os líderes da Espanha, França, Colômbia, Argentina, Chile e México, entre outros, rapidamente repudiaram o ataque. Os Estados Unidos, onde essa agressão lembra a dos partidários de Donald Trump no Capitólio em 6 de janeiro de 2021 , juntaram-se às condenações internacionais do que aconteceu na tarde de sábado em Brasília. “Os EUA condenam qualquer tentativa de minar a democracia no Brasil. O presidente Biden está monitorando de perto a situação e nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inabalável. A democracia do Brasil não será abalada pela violência", disse o assessor de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Jake Sullivan, em sua conta no Twitter. Mais tarde, o presidente Biden, que neste domingo visitou El Paso (Texas), na fronteira com o México, ratificou pessoalmente essa mensagem. “Condeno o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil”, escreveu em sua conta no Twitter, em mensagem na qual destacou o desejo de continuar trabalhando com Lula. "As instituições democráticas brasileiras têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser prejudicada." Apoio incondicional também veio da França para Lula. “A vontade do povo brasileiro e das instituições democráticas deve ser respeitada! O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França”, escreveu o presidente francês Emmanuel Macron, que proferiu sua mensagem em francês e português. A condenação internacional aumentou rapidamente depois que as imagens de milhares de pessoas invadindo o Congresso em Brasília se tornaram públicas . O Presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, enviou seu apoio ao brasileiro Lula da Silva. “Condenamos veementemente o ataque ao Congresso brasileiro e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática”, escreveu ele em sua conta oficial no Twitter. O presidente colombiano, Gustavo Petro, próximo às políticas de Lula da Silva, foi um dos primeiros a reagir através da rede social Twitter. “O fascismo decide atacar. Os direitos não têm conseguido manter o pacto de não violência”, escreveu o presidente. Na mesma mensagem, Petro instou a Organização dos Estados Americanos (OEA) a convocar uma reunião urgente. Na mesma linha, o presidente argentino, Alberto Fernández, disse que estão juntos com o povo brasileiro para "defender a democracia" e respeitar o veredicto popular. “Aqueles que tentam desrespeitar a vontade das maiorias ameaçam a democracia e merecem não só a sanção legal correspondente, mas também a rejeição absoluta da comunidade internacional”, escreveu Fernández. Fonte: El País