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Nicolás Maduro cancela viagem à Argentina no último minuto por medo de protestos

23/01/2023
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O presidente da Venezuela havia sido convidado a participar nesta terça-feira da cúpula da Celac. Nicolás Maduro não viajará à Argentina por questões de segurança. O presidente venezuelano recusou no último minuto o convite do governo argentino para participar nesta terça-feira da cúpula da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), argumentando que "planos extravagantes desenhados por extremistas de direita" estão em andamento para atacá-lo. e colocar em risco a nomeação regional. Em seu lugar, será representado pelo chanceler, Yván Gil. "Nas últimas horas fomos informados, de forma irrefutável, de um plano traçado dentro da direita neofascista, cujo objetivo é realizar uma série de ataques contra nossa delegação", disse o governo venezuelano na segunda-feira em um comunicado que coloca um acabar com os dias de incerteza. As dúvidas sobre sua presença permaneceram até o último momento. "Não tenho notícias até agora de que o presidente Maduro não vem, mas não sei o que ele fará", disse o presidente argentino Alberto Fernández em entrevista coletiva nesta segunda-feira com seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Até então, sabia-se apenas que Maduro havia cancelado o encontro bilateral planejado com Lula. O líder venezuelano limitou ao máximo suas visitas ao exterior, já que em 2020 os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 15 milhões de dólares por sua captura sob a acusação de narcoterrorismo. Em setembro de 2021, desembarcou de surpresa e de última hora no México para participar da cúpula da Celac. Em novembro passado, ele participou da cúpula do clima realizada no Egito. Desde então, ele não viajou mais para o exterior. A presença de Maduro na cúpula vinha sendo defendida pelo governo argentino sob o argumento de que a Celac é um espaço de discussão do qual nenhum país da região está excluído. Fernández destacou que a maior preocupação em relação à Venezuela “é promover o diálogo entre os venezuelanos, que a convivência democrática seja recuperada e que seus direitos sejam respeitados”. A atitude de Fernández contrasta com a de seu antecessor, Mauricio Macri. O ex-presidente chamou de vergonhoso o convite para a cúpula regional tanto de Maduro quanto do cubano Miguel Díaz-Canel. "A acolhida a esses ditadores não é organizada por nós, argentinos, mas por um governo que definha em sua mediocridade, que logo terá a infeliz honra de ter sido o pior governo da história da democracia em nosso país", criticou por meio de das redes sociais. Sua ex-ministra do Interior, Patricia Bullrich, havia pedido a prisão de Maduro se ele pisasse em Buenos Aires. Bullrich participou no domingo de uma pequena manifestação de venezuelanos contra a visita de Maduro. O maior apoio ao presidente venezuelano veio de Lula, que tem feito uma defesa enfática do diálogo para resolver a crise venezuelana. "O problema da Venezuela será resolvido pelo diálogo, não com embargos ou ofensas pessoais", afirmou o presidente brasileiro em Buenos Aires, destino de sua primeira visita oficial ao exterior desde que assumiu o poder, há três semanas. “Assim como sou contra a ocupação territorial russa na Ucrânia, sou contra a ingerência na Venezuela”, disse o líder da esquerda brasileira que hoje lidera um governo que inclui partidos à sua direita e à esquerda. Antes de criticar a interferência, ele defendeu o direito à autodeterminação dos povos e censurou duramente o fato de o oposicionista Juan Guaidó ter sido reconhecido como presidente interino por dezenas de países. "Esse cidadão, Guaidó, estava há meses como presidente sem ser presidente e até lhe deram garantias sobre as reservas de ouro venezuelanas depositadas em um banco inglês!", reclamou na aparição na Casa Rosada junto com seu homólogo argentino. Depois de uma etapa marcada pelo isolamento diplomático do regime de Maduro na Venezuela, rompida pela aproximação dos Estados Unidos para negociar o petróleo venezuelano, Lula quer embarcar em uma nova fase. "Se pudermos ajudar a construir acordos dentro de cada país, ajudaremos", declarou, ao ser questionado pela imprensa. "Devemos tratar a Venezuela e Cuba com muito carinho", disse ele depois de lembrar que é mais a favor de "dar conselhos" do que criticar. Lula não fez nenhuma menção explícita em seu discurso à falta de liberdade em Cuba ou na Venezuela ou aos presos por motivos políticos. “Cuba não quer copiar o modelo do Brasil, nem dos Estados Unidos, quer um modelo próprio”, proclamou. O presidente do Brasil pretende recuperar o papel de líder latino-americano que exerceu em seus dois primeiros mandatos (2003-2010). Ele aproveitou a oportunidade para destacar que a CELAC é a única organização multilateral latino-americana da qual Cuba é membro. O novo governo brasileiro está em vias de restabelecer relações diplomáticas com a Venezuela de Maduro. Foi uma das primeiras ordens que o presidente fez ao chanceler, Mauro Vieira. Há um encarregado de negócios brasileiro em Caracas desde a semana passada e Lula espera que as embaixadas dos dois países sejam reabertas em breve. Fonte: El País

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